segunda-feira, 15 de outubro de 2018
SOMENTE PARA OS ELEITORES DO HADDAD13
Faz algum tempo que não escrevo sobre política nesta plataforma, reservando-me aos rápidos textos, imagens e compartilhamentos nas outras redes sociais. Mas como vivemos um momento único, vejo que é preciso utilizar todas as possíveis e impossíveis formas de manifestação. Por isso, resolvi trazer algumas hipóteses do que tenho observado e como proceder sobre elas:
1) A última pesquisa Datafolha demonstrou que se considerarmos apenas os votos válidos, então a diferença entre os dois candidatos é de 16 pontos, o que significa que devemos reverter mais de 8 pontos para virarmos as intenções de votos pra Fernando Haddad;
2) Além desses 8 ou 9 pontos que devemos reverter, é preciso convencer os que votam nulo ou branco para converterem seus votos para Fernando Haddad;
3) É preciso lembrar aos militantes que já estão em clima de derrota que, na eleição passada, Aécio Neves perdeu as eleições mesmo com 51 milhões de votos, o que ilustra que parte dos votantes que não compareceram às urnas podem votar no segundo turno. É urgentemente necessário buscar os votos dessas pessoas;
4) Não adianta levantar a bandeira do #EleNao, pois parte significativa da sociedade brasileira decidiu seus votos contra o #EleNao às vésperas do primeiro turno; essa hipótese fica evidente quando vemos a ascensão de candidatos que declararam apoio ao fascista na véspera e o derretimento de candidatos que apoiaram o #EleNao, mesmo estando à frente nas pesquisas: só lembrar de Requião, para o Senado no PR, bem nas pesquisas, mas não foi eleito, ao passo que Oriovisto, que declarou apoio ao fascista foi eleito em primeiro; casos semelhantes podem ser visualizados para o Senado em MG; para o governo do RJ, dentre tantos outros;
5) O argumento deve pautar aspectos econômicos e não moralistas: se disser ao sujeito que Bolsonaro é fascista, homofóbico, racista, misógino, preconceituoso, autoritário e contra o conhecimento científico, que é tudo verdade, ao invés de criar repulsa no indivíduo, vai apenas alimentar ainda mais suas expectativas, pois, de modo geral, o eleitor dele se enquadra em algumas dessas “qualidades" e se vê representado por um líder que as propaga e que, consequentemente, contribui de forma assertiva para que seus eleitores saiam do armário e abandonem a hipocrisia do politicamente correto. Pela economia, por sua vez, é possível convencer as pessoas que ele vai atacar os direitos e impactar de forma direta no órgão mais sensível do corpo humano, que se chama “bolso";
6) Para não estender, cabe à militância convencer no debate pessoal, olho no olho, sem as máscaras das redes sociais, pois uma parcela significativa da população não sabe nem o nome dos deputados eleitos pelo seu estado e alguns sequer sabem o nome do governador. Esqueçam os bolsominions que já incorporaram o discurso do ódio, vestiram a camisa e estão dispostos a matar pelo seu candidato. Busquem os que ainda tem bom senso ou os desinteressados. Quando mostrarmos que as transformações ocorridas no país neste século (até 2014, ou seja, antes do golpe), impactaram de forma positiva em suas vidas diante dos governos do PT, e que, na contramão, o não aceite do resultado das urnas em 2014 viabilizou Temer, toda a desgraceira que temos hoje e que é justamente essa a pauta do fascista, então reverteremos as intenções de votos e poderemos vencer essa eleição. Portanto, seguimos na luta e buscamos a inspiração de Darcy Ribeiro (na imagem).
Pós-Doutorando pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPUR/UFRJ); Doutor em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Estadual de Maringá (PGE-UEM); Pesquisador do Grupo de Estudos Urbanos (GEUR/UEM) e do Observatório das Metrópoles (UFRJ e UEM). Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná (IFPR); Consultor da UNESCO/MEC; Conselheiro no Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial (CMPGT) de Maringá (PR) e Delegado da Assembléia de Planejamento e Gestão Territorial 5 (APGT-5) de Maringá (PR).
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