Mas precisamos trazer os mamutes de volta?
terça-feira, 28 de fevereiro de 2017
Cientistas Estão Prestes a Criar Híbrido de Mamute e Elefante. O que você acha disso?
Parece coisa de ficção científica, mas cientistas de Harvard estão prestes a trazer de volta à terra o mamute-lanoso, extinto há milhares de anos. Na verdade, apenas parte dele: o objetivo dos cientistas é criar o mamufante, um híbrido do mamute-lanoso com o elefante-asiático (seu parente vivo mais próximo), utilizando técnicas modernas de engenharia genética.
A partir do DNA de mamutes que foram preservados no permafrost – o solo permanentemente congelado do Ártico –, os cientistas pretendem selecionar os genes que diferem os mamutes dos elefantes e depois inseri-los no genoma de um embrião de elefante-asiático. Tudo isso utilizando a CRISPR, moderna técnica de edição de genoma. Depois o embrião seria implantado em um útero artificial e o mamufante nasceria com várias características do mamute-lanoso.
O líder do projeto, George Church, apresentou esta ideia no Encontro Anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS, na sigla em inglês) e ainda não há artigo publicado. O projeto foi iniciado em 2015 e por enquanto os pesquisadores ainda estão avaliando os possíveis impactos de tais edições genéticas nas células. O próximo passo é iniciar o desenvolvimento embrionário de algumas dessas células. É possível que em dois anos a equipe consiga produzir os primeiros mamufantes.
(Como o híbrido de mamute e elefante poderia ser criado. Imagem: Modificado de The Telegraph).
Mas precisamos trazer os mamutes de volta?
Segundo os que defendem o projeto, os mamufantes poderiam ajudar a impedir que o permafrost da tundra derreta, evitando que enormes quantidades de gases de efeito estufa sejam liberadas. Ao caminhar pela neve, a camada perfurada permite a entrada de ar gelado, mantendo o permafrost da tundra em temperaturas abaixo do congelamento. No verão, ao controlar o crescimento de árvores – tal qual os elefantes fazem na savana africana – os mamufantes ajudariam no desenvolvimento de campos naturais, os quais atuam também como isolantes térmicos ao permafrost.
Se os cientistas tiverem sucesso neste projeto, isso poderia também ter uma implicação na conservação do elefante-asiático, que é ameaçado de extinção. A mesma técnica poderia ser usada, por exemplo, para alterar as presas dos elefantes, de forma com que perdessem seu valor para o comércio de marfim.
Por outro lado, alguns se perguntam se seria ético trazer animais já extintos de volta à vida e temem sobre como poderia ser sua relação com o ambiente atual. Muitas espécies já extintas não encontrariam mais seus habitats naturais se voltassem a viver na Terra nos dias de hoje, e tudo isso precisa ser considerado.
E você, o que acha disso? Assista este vídeo para tirar suas conclusões:
Fonte: theguardian.com / telegraph.co.uk / previverestore.org / biologiatotal.com.br/ http://www.ocontroledamente.com/
Pós-Doutorando pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPUR/UFRJ); Doutor em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Estadual de Maringá (PGE-UEM); Pesquisador do Grupo de Estudos Urbanos (GEUR/UEM) e do Observatório das Metrópoles (UFRJ e UEM). Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná (IFPR); Consultor da UNESCO/MEC; Conselheiro no Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial (CMPGT) de Maringá (PR) e Delegado da Assembléia de Planejamento e Gestão Territorial 5 (APGT-5) de Maringá (PR).
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