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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

“Hoje há mais escravos do que havia antes da proibição da escravidão”, constata Manfred Max Neef, economista

Crescimento não é o mesmo que desenvolvimento, e o desenvolvimento não precisa necessariamente de crescimento”, defende o economista Manfred Max Neef, que também constata: “Hoje em dia, início do século XXI, chegamos ao extremo em que há mais escravos do que havia antes da proibição da escravidão no século XIX. Escravos de verdade, não em sentido figurado, dos quais 60% são crianças e os demais, principalmente, mulheres”. O artigo é publicado por Religión Digital, 07-06-2016. A tradução é do Cepat.
Eis o artigo.
Continuar forçando o crescimento para consumir mais e continuar produzindo uma infinita quantidade de coisas desnecessárias, gerando uma das instituições mais poderosas do mundo como é a publicidade (cuja função é uma e muito clara: fazer você comprar aquilo que não precisa, com o dinheiro que não possui, para impressionar aqueles que não conhece), isso evidentemente não pode ser sustentável.
Cinco postulados fundamentais e um princípio de valor irrenunciável que deveriam sustentar a economia ecológica ou qualquer outro novo sistema econômico:
1. A economia existe para servir as pessoas e não as pessoas para servir a economia;
2. O desenvolvimento tem a ver com as pessoas e a vida, não com objetos;
3. Crescimento não é o mesmo que desenvolvimento, e o desenvolvimento não precisa necessariamente de crescimento;
4. Nenhuma economia é possível à margem dos serviços que prestam os ecossistemas;
5. A economia é um subsistema de um sistema maior e finito que é a biosfera, portanto, o crescimento permanente é impossível.
E o princípio de valor irrenunciável que deve sustentar uma nova economia é que nenhum interesse econômico, sob nenhuma circunstância, pode estar acima da reverência à vida. Caso percorra estes pontos, verá que o que temos hoje – na economia neoliberal – é exatamente o contrário. Hoje em dia, início do século XXI, chegamos ao extremo em que há mais escravos do que havia antes da proibição da escravidão no século XIX. Escravos de verdade, não em sentido figurado, dos quais 60% são crianças e os demais, principalmente, mulheres.
Assista a exposição do economista, em espanhol:

Fonte: Unisinos
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Pós-Doutorando pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPUR/UFRJ); Doutor em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Estadual de Maringá (PGE-UEM); Pesquisador do Grupo de Estudos Urbanos (GEUR/UEM) e do Observatório das Metrópoles (UFRJ e UEM). Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná (IFPR); Consultor da UNESCO/MEC; Conselheiro no Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial (CMPGT) de Maringá (PR) e Delegado da Assembléia de Planejamento e Gestão Territorial 5 (APGT-5) de Maringá (PR).
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