Para ir aos eventos, eu ia de ônibus com a ajuda de custo, mas só quando não achava caronas com o pessoal da UNESP daqui e de Marília, no qual eu tenho algumas amizades.
Para o primeiro torneio de todos em São Carlos, na regional SP da OBR, eu fui até Marília que fica a 75 km ao norte daqui e de lá peguei carona até a cidade de São Carlos. Sempre que possível, chego um dia antes aos torneios para fazer um passeio cultural as cidades visitadas.
No ano de 2014 foram 42 cidades ao todo.
Algumas viagens teve um espirito mais que aventureiro, onde passei por muitas coisas na qual nenhuma amnésia é capaz de apagar eu acho.
Foram duas que me marcaram alias, a primeira foi indo para a estadual SP da OBR em São Bernardo do Campo-SP.
Funcionou no mesmo esquema de caronas, mas essa foi com o Renato Ramos, hoje gerente da ZOOM Education na região de Marília, Presidente Prudente, Bauru e Botucatu.
Ele ainda morava e trabalhava em Santo André, mas estava de mudança já para Ourinhos, onde ele reside. Naquela época ele estava numa reunião em Pompeia onde fica a franquia da ZOOM na região de Marília. De lá ele iria para a casa em Santo André e no dia seguinte para a estadual em São Bernardo do Campo. E eu fui com ele, chegando na grande SP o celular dele acabou a bateria, onde era ligado o GPS para achar meu hotel que ficava em São Bernardo. E como tenho muita sorte, o meu celular também acabou a bateria e eu só lembrava o nome do hotel, não lembrava mais nada! Aliás eu nunca tinha ido ao ABC na minha vida.
Paramos num posto para perguntar, mas pô! Estávamos em São Paulo, não numa cidade amiga do interior.
Obviamente que não conseguimos nenhuma informação.
Até que veio o google maps na minha cabeça e eu lembrei que ficava embaixo da avenida principal da cidade, e ele como bom morador do ABC desde a infância, sabia onde era. Ao chegar nessa avenida eu disse:
- Ok. Agora é só ir olhando à direita, é uma rua sem saída e que termina com a loja pernambucanas na frente. Era mais de 22h, estávamos viajando desde as 17h, como enxergar aquilo?
Até que o milagre aconteceu e achamos! Fomos para essa rua e não tinha hotel coisa nenhuma!
Nessa hora bateu um pouco de tensão, até que uns 5 min percebemos que tinha a mesma rua de ambos os lados da avenida e fomos para o outro lado e aí sim! Achamos o Hotel Casablanca.
Era 22h40 da noite de sexta.
O Renato foi para a casa dele em Santo André e eu fiquei lá, sem a minima ideia de onde eu estava e onde ficava a FEI.
Pois bem, no dia seguinte, as 6h10 da matina, sabadão, já estava em pé e as 6h40, estava frio e garoando...
Eu sem nunca ter estado naquela cidade, fui ao ponto que ficava no mesmo quarteirão e com algumas informações descobri que o ponto do busão certo era há duas ruas pra baixo e a 6 quadras pra trás e lá fui eu com uma mochila e uma mala, andando as 7h da manhã de sábado pelas ruas de S.B.C.
Quando entrei no bus, lotado! Aquilo era inacreditável para mim, um cara hiper caipira do interiorzão! Nem em dia de semana na hora do almoço eu pego bus lotado.
Por minha sorte antes das 7h40 eu já estava lá, o bus parou bem atrás da FEI.
E eu que dormi só 6 horas, já estava ficando com sono e mal sabia eu o que tinha pela frente...
Parte III
Apitamos em duplas o dia todo, ganhamos almoço, café, etc.. além de juiz, antes de começar o torneio, eu fui responsável pela colocação da transmissão do evento no ar.
Enfim, estas foram algumas das aventuras que vivo fazendo este trabalho de voluntário nas Olimpíadas de Robótica Brasil afora.
Como é trabalho voluntário, às vezes ficamos na perrenga e na dependência de ajuda ($$$) para comprar passagens e hospedagem. Se alguém gostou da minha história e quiser contribuir de alguma forma, entre em contato pelo e-mail diogo.resino@hotmail.com
Muito Obrigado